quinta-feira, 21 de maio de 2015

Série: O que é o que é... PNL?





Série: O que é o que é...
PNL?

É muito fácil entender o que é Programação Neuro-Linguística, mas é muito difícil definí-la com exatidão...
Todos vocês já experimentaram um orgasmo, mas se eu lhes pedisse para explicar "como é a sensação do orgasmo?", estariam em apuros.

Da mesma forma, todos já experimentamos a PNL, mas para definí-la precisaríamos passar por um processo de "derivação": trazer um conteúdo da estrutura profunda (da própria mente, aquilo que é subjetivo) para a estrutura superficial (a expressão através de palavras, forma objetiva).
 
Mas eis alguns conceitos que refletem a PNL e dos quais gosto muito:
"É o estudo da estrutura da experiência subjetiva".
"É qualquer coisa que funcione" (Robert Dilts).
"É a influência da linguagem sobre nossas mentes e comportamentos subsequentes".
E um dos meus preferidos: "É o método para a modelagem da excelência humana".

Tendo sido criada pelos norte-americanos Richard Bandler e John Grinder na década de 1970, teve como bases teóricas os trabalhos de filósofos como Alfred Korzybski ("O mapa não é o território"), antropólogos como Gregory Bateson, psicoterapeutas como Virginia Satir e Frederick Pels e é claro, do famoso hipnólogo Milton Erickson.

Bandler e Grinder divulgavam suas descobertas através de workshops que acabaram sendo gravados e transcritos, dando origem aos primeiros livros sobre PNL.
Entretanto, foi só com Robert Dilts, aluno do próprio Grinder quando a PNL ainda nem tinha nome, foi que ela tomou forma e foi sistematizada tal como a conhecemos atualmente.

Dilts organizou-a didaticamente para que pudesse ser ensinada em 3 níveis: Practitioner (praticante), Master (mestre) e Trainer Training ("treinamento de treinadores" - quem possui esta formação teoricamente está apto a promover treinamentos em PNL).
 
De fato, existe uma universidade nos EUA fundada por ele, voltada exclusivamente para estudá-la.
Não poderíamos deixar de citar aquele que talvez seja o maior expoente da PNL: Anthonny Robbins. Tendo começado a ganhar nome no início da década de 1980, publicou o livro Poder Sem Limites (1986) e fez um tremendo sucesso.
 
A "grande sacada" de Robbins foi trazê-la de forma acessível para o público leigo.
De fato, o sujeito chegou a lotar estádios de futebol fornecendo palestras motivacionais, tornando a PNL algo realmente grande...
Mas tamanha grandiosidade não poderia passar batida...
Terapeutas que a conheciam superficialmente começaram a criticá-la e não era para menos.
O público saia eufórico dos estádios, as pessoas acreditavam ter o poder interno para revolucionar o mundo, mas algumas semanas ou mesmo alguns dias depois, boa parte daquela euforia desaparecia e elas voltavam para a rotina do cotidiano.
 
Assim, muitos terapeutas desinformados começaram a acreditar que PNL se limitava a técnicas motivacionais, que não promoviam mudanças na psiquê dos indivíduos...
Outro ponto importante que precisamos considerar...
No livro de Robbins, citado agora há pouco, o autor comenta que através da PNL curou em 5 minutos uma pessoa que sofria de fobia de cobras, sendo que ela estava há anos sendo atendida por um psicanalista... o próprio psicanalista, recusou-se a acreditar no fato e alegou que Robbins havia hipnotizado tal pessoa...

Se esta técnica realmente funciona e é possível obter resultados tão rápidos, por que diabos as terapias continuam existindo e não foram substituídas pela PNL?
Para entender isso vamos considerar os fatos:
 
No ano de 1991, Robbins publica o livro Desperte o Gigante Interior - Como Usar o Condicionamento Neuro-Associativo Pra Criar Mudanças Definitivas.
 
No próprio livro, ele relata que foi procurado por um homem que tinha problemas com cigarros. Usou PNL neste homem e problema resolvido, certo? Infelizmente, não... anos depois de ter sido "reprogramado", esse homem voltou a procurá-lo para dizer que uns dois anos depois de ter parado de fumar, teve problemas com ansiedade e voltou para o vício do cigarro...

E o fato é que muitas pessoas que foram "reprogramadas", algum tempo depois voltavam aos seus hábitos antigos (ou não... outras perdiam o hábito definitivamente), mas a questão é: Robbins afirma nesse segundo livro que o termo "programação" passa a idéia de que basta procurar o "Master" e ele te reprograma da forma que você desejar, e pronto... problema resolvido e a pessoa não tem mais com o que se preocupar.
Mas isso nem sempre acontece... muitas vezes, para que um hábito perdure é preciso que ele seja "restaurado"...
 
Assim como uma obra de arte pode se desgastar com o tempo e há necessidade de "restaurá-la" vez ou outra, o hábito com o passar do tempo precisaria ser novamente condicionado e reforçado e assim surgiriam as "mudanças definitivas", como consta no subtítulo do livro.
E é por isso, meus caros, que a PNL não se propõe a substituir a terapia.
Cada uma continua funcionando em sua área.

E para finalizar, vamos retomar o questionamento dos terapeutas:
PNL limita-se à técnica de motivação?
Absolutamente, não!
As pessoas que saíam eufóricas dos estádios após assistirem as palestras de Robbins, estavam começando a tomar consciência do POTENCIAL humano. E essa é a questão: perceber o potencial é totalmente diferente de realizá-lo.
 
O fogo existe como potencial na cabeça do fósforo. Com o estímulo correto, o fogo pode ser despertado. Mas a menos que o dono do fósforo aprenda a controlar esse pequeno fogo e descubra como convertê-lo numa grande fogueira, a tendência é que ele logo se apague...

E é isso o que acontece com o público leigo, apenas contempla o potencial...
 
Espero que com você seja diferente e se aprofunde no estudo da PNL.
 
Tenho certeza de que há um tremendo potencial dentro de você só esperando para ser realizado, ou como dizia Robbins... Desperte o Gigante Interior!


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